Vera Jacobina

Nas nossas diferenças, nos encontramos.

Textos


O VELHO CASARÃO

Para se recuperar de um stress, Norton foi passar um mês no interior, na casa de parentes. Como não era período de férias, todos estavam trabalhando. Então resolveu sair e passear pela bela cidadezinha e foi assim que já a noitinha, ao passar por uma praça, viu escondido entre as árvores um velho casarão, que por conta do tempo e sem manutenção, mostrava estar desabitado. Ficou parado olhando e imaginando, quantas histórias ali, devia ter acontecido. Já ia embora, quando de repente, teve a impressão de alguém chegando à janela. Olhou novamente e nada viu... No outro dia pela manhã, voltou ao local e resolveu entrar. Em seu interior, apesar de muito velho, os móveis mostravam o bom gosto dos antigos proprietários. Subiu as escadas, e se surpreendeu ao entrar em um determinado quarto. Em cima da penteadeira, havia em um pequeno jarro, uma linda rosa vermelha. Pronto! Não deu outra, aguçado pela curiosidade, começou a imaginar e ao mesmo tempo procurar quem poderia ter deixado aquela linda rosa. Nada, nem ninguém encontrou, para desvendar aquele mistério. Resolveu ir embora mas, precisava voltar, era como se uma força sobrenatural o chamasse. E assim ele fez. Desta vez ao entrar, sentiu cheiro de rosas que impregnava toda a sala e demais cômodos. Ficou tonto e desmaiou... De repente viu, uma linda mulher de cabelos pretos e longos, de pele alva e belos olhos verdes, que se aproximava. Delicadamente ela o ajudou a levantar-se e o levou para um velho sofá, onde ele pode se recuperar, enquanto olhava pra ela embevecido com tanta beleza. Ao mesmo tempo, ficava a se perguntar, o que  estaria fazendo naquele lugar. Começou a lhe fazer algumas perguntas que ela ia respondendo suavemente, enquanto ele a observava deslumbrado. De repente o convidou para darem um passeio, saíram para um parque próximo onde havia um bosque. Sentados na grama rodeados de árvores, se beijaram. Já era tarde quando resolveram irem embora, com a promessa de novamente no outro dia se encontrarem, ali mesmo, naquele local. E assim por muitos e muitos dias se viram se amaram... Chegou o dia da despedida, ele precisava retornar para o trabalho, agora descansado e muito apaixonado. Ao chegar ao parque, ela ainda não estava, enquanto aguardava, adormeceu. Ao acordar já era noite, levantou-se, cambaleou e percebeu que estava bastante fraco, sentiu algo escorrendo do seu pescoço, era sangue! Ficou apavorado e voltou para casa preocupado.
No jantar, perguntou desconfiado sobre o casarão. Seus tios disseram que ninguém queria morar ali, porque a casa era mal assombrada, diziam que a antiga dona da propriedade, era uma mulher linda, que cultivava e adorava rosas vermelhas e que se apaixonou por um misterioso homem que ninguém sabe de onde apareceu. Um certo dia, a encontraram morta no sofá da sala e no pescoço havia uma marca de mordida, que disseram ter sido de um vampiro. Um ano depois, as pessoas começaram a comentar, que ouviam ruídos que vinham do casarão e que a noite um vulto de mulher surge na janela.
Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 23/09/2012
Alterado em 23/09/2012
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